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Uma agenda pela sustentabilidade do planeta

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Instituído em 5 de junho de 1972, para coincidir com o início da Conferência das Nações Unidas Sobre o Meio Ambiente realizada em Estocolmo, o Dia Mundial do Meio Ambiente é mais do que uma data comemorativa. Seu objetivo é chamar a atenção de todas as esferas da população mundial para os problemas ambientais do planeta e para a importância de se preservar seus recursos naturais, até então considerados inesgotáveis.

Inúmeros estudos científicos têm mostrado evidências dos impactos negativos das atividades humanas sobre o planeta desde então. Um dos primeiros e mais importantes foi o Relatório “Nosso Futuro Comum” (Our Commom Future), também conhecido como Relatório Brundtland – em referência à ex-primeira ministra norueguesa e médica Gro Harlem Brundtland, que chefiou a comissão da ONU responsável por investigar esses impactos. Publicado em 1987, o documento formalizou o conceito de sustentabilidade como o entendemos hoje: “satisfazer as necessidades das gerações presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”.

Isso lançou as bases para as discussões promovidas durante a Eco-92, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada entre 3 e 14 de junho de 1992 – portanto, na semana do Dia Mundial do Meio Ambiente -, na cidade do Rio de Janeiro. Com a presença maciça de chefes de estado, o evento aprovou duas importantes convenções – uma sobre biodiversidade e outra sobre mudanças climáticas – e resultou na assinatura, por 179 países, da Agenda 21, um plano de ações com metas para a melhoria das condições ambientais do planeta.

Mas a crescente preocupação com a sustentabilidade não impediu que, nas décadas seguintes, os indicadores econômicos, sociais e ambientais continuassem desenhando previsões pessimistas quanto ao futuro das próximas gerações. Por este motivo, em setembro de 2015, a ONU convocou à sua sede, em Nova York, uma reunião com líderes mundiais, que teve como objetivo traçar um plano de ação para erradicar a pobreza, proteger o planeta e garantir que as pessoas alcancem a paz e a prosperidade. Nasceu assim a Agenda 2030, que contém o conjunto de 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) que os países signatários devem trabalhar para atingir até o ano de 2030 (conheça aqui neste link os ODSs).

Imagem: Site ONU

Para Ana Drummond, uma das líderes do recém-criado Comitê de Sustentabilidade, do Grupo Mulheres do Brasil, esses movimentos abriram caminhos também para que os jovens e as novas gerações já tenham uma nova consciência em relação à importância da prática da sustentabilidade no dia-a-dia. “Quando vemos o exemplo da sueca Greta Thunberg sacudindo a luta ambiental, por meio da mobilização internacional de greves de estudantes contra as mudanças climáticas, nos enchemos de esperança em trabalhar por um Brasil mais sustentável tendo os jovens como grandes aliados do desenvolvimento sustentável”, exemplifica Ana.

Este assunto foi abordado recentemente na palestra “Desmistificando o que é Sustentabilidade”, promovida na sede do Grupo Mulheres do Brasil, no último dia 20 de maio, pelo Comitê de Sustentabilidade. Um dos palestrantes da noite, o professor Marcus Nakagawa, coordenador do Centro de Pesquisa em Desenvolvimento Socioambiental da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), fundador, ex-presidente e atual conselheiro da Abraps (Associação Brasileira dos Profissionais pelo Desenvolvimento Sustentável), explicou que esse pacto global pelos 17 ODSs vão virar 169 metas quantificáveis com dados e indicadores. “Infelizmente, 60% da população brasileira não conhece os ODSs, e o principal é saber que isso é um sonho conjunto. Todo mundo está trabalhando por isso”, disse.

Esse desconhecimento torna ainda mais importante a missão do Comitê de Sustentabilidade, segundo Marisa Cesar, também líder do Comitê e CEO do Grupo Mulheres do Brasil. “A razão principal está no fato de entendermos que não existe o social sem o financeiro, nem o meio ambiente sem o social e simultaneamente, pois são três pilares que se entrelaçam. Hoje, após 5 anos de grupo evoluímos, amadurecemos e enxergamos o quão nossas causas estão atreladas aos ODSs e como este guarda-chuva do Desenvolvimento Sustentável engloba todos”, explica Marisa.

Ana Drummond reforça a necessidade de um trabalho de conscientização. “Nosso papel passa pela ampliação da consciência de todos e as mulheres como agentes fundamentais deste processo de evolução. Quando falamos sobre sustentabilidade, o senso comum diz que o tema é assunto de grandes corporações, de governos ou de ativistas ambientais. Queremos usar nossa força e a nossa escala para engajar a sociedade nesta agenda que deveria ser de todos nós”, enfatiza a líder.

Para exemplificar a atuação do grupo no setor, Marisa Cesar cita uma parceria com a Secretaria Municipal de São Paulo. “Temos atuado com iniciativas junto ao governo, como a Jornada Pedagógica, programa que contemplará 55 mil educadores e gestores da Educação Infantil, com formação e aperfeiçoamento profissional, dia 28 de junho, em São Paulo, na qual contribuiremos com ações replicáveis de Educação, Saúde, Sustentabilidade, Combate à Violência contra a Mulher, Igualdade Racial, Inclusão da Pessoa com Deficiência e Cultura, permeando transversalmente em todas as dimensões do Desenvolvimento Sustentável”, conclui Marisa.

 

 

 

 

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