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Um modelo de cidade verde na Virada Sustentável

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Grupo Mulheres do Brasil participa da Virada Sustentável e apresenta ‘Cidades Verdes e Resilientes’, uma proposta de urbanização que resiste às mudanças climáticas

Diminuir as ilhas de calor, as enchentes, reconectar o ciclo natural das águas alimentando o lençol freático, melhorar a qualidade do ar – uma cidade verde e resiliente, sim isso é possível. Nesta edição da Virada Sustentável, o Grupo Mulheres do Brasil, por meio do Comitê de Sustentabilidade apresenta um modelo de urbanização de ruas e canteiros que vem sendo adotado em países desenvolvidos como referência em sustentabilidade.

O projeto será apresentado no evento “Cidades Verdes e Resilientes”, que acontece no  dia 23 de agosto, das 10h às 12h e das 14 às 16h, na sede do grupo, na Rua Tomás Carvalhal, 681, São Paulo. “Trata-se de uma oficina que será desenvolvida em duas etapas, primeiro, uma palestra sobre a importância de desimpermeabilizar o solo urbano, gerenciar as águas pluviais e aumentar a cobertura arbórea de nossas cidades. Isto significa tornar nossas cidades resilientes, preparadas para enfrentar as consequências das mudanças climáticas”, explica Ana Drummond, líder do Comitê de Sustentabilidade.

A segunda parte, no período da tarde, de acordo com a líder, será uma demonstração prática em um local no bairro, onde todos os participantes terão a oportunidade de ver uma das formas mais eficazes de resolver os problemas ambientais urbanos: uma calçada com Jardim de Chuva.

Os jardins de chuva são canteiros especialmente preparados para receber e drenar as águas pluviais da rua (e não apenas da calçada), que serão naturalmente filtradas pelo solo, alimentando o lençol freático com água limpa. “Com isso reconectamos o ciclo natural da água o que beneficia a bacia hidrográfica como um todo – nossas represas inclusive. Hoje a água da chuva é quase totalmente captada pelo sistema municipal de captação de águas pluviais, enviada (suja) para piscinões e descartada no rio Tietê, o que polui os rios e resseca o lençol freático da região”, explica a paisagista e palestrante Eliana Azevedo, especialista em Gestão Ambiental e Desenvolvimento Sustentável, e presidente da ANP (Associação Nacional de Paisagismo). “Amplamente utilizados em outros países, os jardins de chuva são alternativas de baixo custo, fácil implementação e inúmeros benefícios ambientais”, conclui.

Para Marisa Cesar, CEO do Grupo Mulheres do Brasil e também líder do Comitê de Sustentabilidade, a conscientização e participação da sociedade civil e empresas é fundamental nesse processo. “ Várias experiências em outros países demonstram que ações que contam com a participação da comunidade têm melhores resultados e mais engajamento. Mais do que ter cidades resilientes, estaremos de fato atuando para ajudar a diminuir ou controlar o aquecimento global”, ressalta Marisa Cesar.

A Virada Sustentável é um movimento de mobilização para a sustentabilidade que organiza o maior festival temático no Brasil, embasada nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) definidos pela ONU. Saiba mais neste link.

Os interessados em participar poderão se inscrever pelos links: palestra da manhã, das 10h às 12h; e demonstração prática, das 14h às 16h.

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