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Em Paris, Portas Abertas mostra que chique é ser solidário

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*Texto enviado pela correspondente Ana Paula Cardoso, líder do Comitê de Comunicação do Núcleo Paris

No último sábado, 8 de fevereiro, os termômetros indicavam 12 graus Celsius, uma temperatura amena para o inverno parisiense. O usual tempo nublado da capital francesa não intimidou cerca de 40 mulheres a participarem da reunião Portas Abertas, o primeiro encontro deste ano do Grupo Mulheres do Brasil Núcleo Paris. O evento contou com a presença da escritora Marcia Camargos, radicada há 4 anos na cidade e autora do livro “É chique morar em Paris?”.

A escritora Marcia Camargo explanou sobre o seu livro “É chique morar em Paris?” – Foto: Divulgação

Com relatos divertidíssimos e deliciosamente narrados, Márcia falou com muita propriedade e bom humor sobre o dia-a-dia da vida da mulher brasileira em Paris. A escritora tocou com precisão em pontos que passam despercebidos quando se conhece um lugar apenas como turista e a necessidade de se conhecer os códigos, nem sempre tão óbvios, quando se faz uma mudança de país.

O bate-papo com a escritora fluiu de forma bem-humorada e bem alinhado com o propósito do Grupo Mulheres do Brasil. E foi unânime a identificação com questões tão presentes na rotina de quem deixa seu país. “O livro é também uma resposta àquelas pessoas que não validam nossa condição de ter direito a momentos de sofrimento. É como não fôssemos validadas a sentir dificuldades pelo fato de estarmos em uma cidade considerada chique”, disse Márcia.

A escritora contou vários casos vividos por ela ou por pessoas entrevistadas, envolvendo a burocracia, o excesso de polidez na hora de se pedir um simples café, entre outros. “No momento em que se entende estes códigos, você fica aliviada. E a aceitação destas diferenças culturais são os pequenos aprendizados que serão fundamentais para se viver bem aqui”; completa a autora de “É chique viver em Paris?”.

Chique é ser solidário

O clima de acolhimento imperou entre as voluntárias, líderes e ainda contou com aproximadamente 20 mulheres brasileiras habitantes de Paris que pela primeira vez participaram do encontro promovido pelo grupo, que hoje tem status de associação na França. É o caso de Josiane Paiva, de 36 anos, que há dois anos e meio mora na cidade em razão de um mestrado em Desenvolvimento Econômico.

A estudante soube do Grupo porque segue o Instagram de Luiza Helena Trajano, presidente do Grupo Mulheres do Brasil. E aguardava o encontro de Portas Abertas para conhecer melhor as atividades. “Eu estava pensando no comitê de empreendedorismo, mas ao assistir às apresentações também vi oportunidades no comitê de integração. Pretendo ir às reuniões específicas de cada um para decidir”, contou Josiane.

Josiane Paiva participa pela primeira vez de uma reunião do Grupo – Foto: Divulgação

O depoimento de Josiane deixa evidente a importância deste evento. “O ‘Porta Abertas’ é aquele momento no qual a gente conquista novas voluntárias, pois, sem elas, não há possibilidade de desenvolver um trabalho de transformação alinhado com nossos valores”, reforça a líder do Núcleo Paris, Andrea Clemente.

Para Anna Carolina Coelho, que compartilha a liderança do núcleo parisiense com Andrea, a preparação das líderes dos comitês é a peça-chave para o crescimento das atividades. “Ao longo de 2019, fizemos treinamentos, ajustes, alinhamos a comunicação e chegamos a um propósito definido por meio de um trabalho coletivo. A reunião de hoje é o resultado deste esforço. É muito gratificante ver o quanto avançamos”, reforça Anna Carolina.

As líderes apresentaram as atividades de cada comitê, já agendadas para o mês de fevereiro. O clima era de festa, mas ninguém esqueceu do trabalho. A partir de agora serão feitos contatos entre as líderes e as novas voluntárias que surgiram no evento, para alinhar as tarefas de cada uma.

E para ninguém sair sem a “resposta valendo um milhão”, perguntamos à nossa convidada, Márcia Camargos: afinal, é chique viver em Paris?

“Sim, porque chique é viver em um lugar onde há liberdade de se manifestar pelos seus direitos e ter toda uma sociedade apoiando. A população compreende o valor de não se pensar de forma imediatista, nem apenas em si mesmo, mas pensar a longo prazo. Aqui se pensa na Nação como um todo”, declara Márcia.

De acordo com as líderes locais, ser chique pode ser resumido, então, em ser solidário. “E neste aspecto, todas as mulheres participantes do Grupo Mulheres do Brasil são muito chiques”, concluem.

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