Inclusão da pessoa com deficiência São Paulo

Dia Internacional da Síndrome de Down

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O Dia Internacional foi criado pela Síndrome de Down Internacional (Down Syndrome International) em 2006, para celebrar a vida das pessoas com a síndrome e garantir que elas tenham as mesmas liberdades e oportunidades que todos.

A data 21 de março foi escolhida porque 21/3 se refere às três cópias do cromossomo 21 que as pessoas com síndrome de Down têm.

O reconhecimento oficial da data pela ONU (Organização das Nações Unidas) foi proposto pelo Brasil em 2011, e a Assembleia Geral das Nações Unidas votou para tornar o dia oficial.

Neste dia, os que têm a síndrome e aqueles que vivem e trabalham com eles em todo o mundo organizam e participam de atividades e eventos para aumentar a conscientização pública e criar uma voz global única para defender os direitos, inclusão e bem-estar das pessoas com Down.

ESTE ANO

O tema escolhido pela DSI para o Dia Internacional da Síndrome de Down 2020 é: “NÓS DECIDIMOS, garantindo que todas as pessoas com síndrome de Down possam participar plenamente da tomada de decisões sobre assuntos relacionados ou que afetem suas vidas”.

A campanha procurará transmitir:

  • O princípio “Nós decidimos”, que expressa que as pessoas com síndrome de Down sabem o que é melhor para elas e que devem ser valorizadas como colaboradoras integrais e essenciais para todas as comunidades do mundo;
  • Que a participação é um princípio central dos direitos humanos, permitindo que os indivíduos desempenhem um papel significativo no desenvolvimento de todas as sociedades democráticas, bem como de suas comunidades;
  • Que a participação efetiva e significativa das pessoas com deficiência, por meio de suas organizações representativas, é fundamental para a Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (CDPD), reiterada em setembro de 2018 pelo Comentário Geral nº 7 da Comissão da CDPD e
  • Que atualmente não existe consulta e envolvimento de pessoas com síndrome de Down por meio de suas organizações representativas no desenvolvimento e implementação de políticas e programas em todo o mundo, que devem ser abordados.
  • Por isso o Movimento Down sugere que se incorpore o tema “Nós Decidimos” em todas as atividades que celebrarem a data.
  • A campanha deverá capacitar pessoas com síndrome de Down, as que as apoiam e suas organizações representativas a advogar por sua participação efetiva e significativa.

FONTE: Movimento Down.

Convivendo com a Síndrome de Down – muito amor

“Ha um ano, o meu maior susto e medo me transformou numa pessoa mais feliz. Não apenas por eu me tornar mãe, realizando o meu grande sonho, mas por ter de me reinventar e ser mãe de uma criança que tem uma condição genética no Brasil classificada com CID 10-Q10 – Q90, conhecida como Trissomia do 21 ou Síndrome de Down.

Desde as diferenças intelectuais e físicas por diferentes fenótipos que recebemos de nossos ancestrais, não consigo enxergar diferença visíveis entre nós pois somos todos similares. Trato a minha filha como uma criança típica em todos os sentidos, mas a T21 vem transformando a minha vida e de minha família de uma maneira inenarrável.

Além de vir mostrando que no mundo existem pessoas interessadas a adentrar e conviver com o desconhecido, também vem me ensinado a valorizar o momento do agora e não mais me afobar para o amanhã. Cada dia é uma conquista.

Hoje enxergo que as inúmeras deficiências que um ser humano pode ter, de uma certa forma, pode ser libertadora para aqueles que as possuem, pois os fazem livres de inúmeros pré-conceitos e estereótipos de moda, beleza, etc.

Como a vida é mais bela sem me importar com o supérfluo! Digo que a T21 me deu novos rumos, novos desejos pessoais e profissionais, desejos de fazer mais por minha filha, mais pelo próximo. Trazendo mais amor, mais simplicidade e saúde mental, me ensinando a ter paz de espirito, depois de aprender a respeitar os meus limites e os do próximo, apreciando a vida nos mínimos detalhes!  Viva a T21! 21/3 o dia que eu celebro uma nova eu!”, Tatiana Robles Aguiar.

A pequena Liz, filha de Tatiana, acaba de completar 1 aninho

“O Instituto Mozione/Ituano F.C iniciou seu projeto em Itu, no ano de 2017, sendo fortalecido em 2018 com o projeto Chute Especial – futsal para Síndrome de Down e deficiência intelectual. O projeto recebe pessoas com Síndrome De Down de toda região, hoje possuímos 20 atletas entre meninos e meninas.

No ano de 2018, fomos campeões do campeonato Brasileiro de futsal Down, em Cravinhos, batendo o Corinthians atual invicto. Em 2019, levamos o bicampeonato, na cidade de Luiz Antônio. Ainda em 2019, o mundial de futsal Down foi realizado aqui no Brasil, em Ribeirão Preto. Nossa seleção foi vitoriosa, e nosso atleta Renato Gregório foi considerado o melhor do mundo.

O esporte é uma ferramenta libertadora, traz para pessoa com síndrome de Down, além do ganho da coordenação motora, favorecimento das habilidades cognitiva, condicionamento cardiorrespiratório, autonomia e a auto superação, pois esses nossos meninos e meninas querem se superar a si próprio, mostrar que podem ser melhores. Com tudo isso, promovemos uma inclusão social através do esporte.

É uma grande satisfação ver cada sorriso e choro, a cada gol, a cada drible… Cada grito de alegria dos familiares.

Nesse ano de 2020, irá acontecer o mundial na Turquia, no qual tivemos três pré-selecionados para estar lá nos representando, nosso craque Renato Gregório, Nosso super goleiro Victor Ykeda e nosso preparador físico Rogério Gatti. O evento aconteceria em março, mais foi adiado para outubro devido ao coronavírus”. Amabili Corina, terapeuta ocupacional, fundadora do instituto Mozione, coordenadora do projeto Chute Especial instituto Mozione/Ituano FC . Contatos podem ser feitos pelo institutomozione.org@gmail.com.

Equipe de atletas do Instituto Mozione/Ituano F.C

Maggie Notripse, mãe de Dimitri Notripsi Graciano, com síndrome de Down e suas irmãs sem a síndrome, Ana Cristhina e Stephanie, trigêmeos, explica que criança pode ser auxiliada pelos pais de diversas formas, por exemplo:   “a mãe do Dimi, ensina e o acompanha para arrumar suas roupas e gavetas, e assim, exercendo estas atividades permite a ele estímulos visuais, auditivos e táteis e ajuda no seu desenvolvimento neurológico. Esse é o processo da construção da autonomia, colaboração na organização da casa e com vistas a gerir sua própria casa quando for possível.  Quanto maior a meta, maior o ganho”, explicam Sol Martins e  Terezinha Salamanca, do Comitê Inserção da Pessoa com Deficiência, do Grupo Mulheres do Brasil.

Dimi organiza pequenas tarefas orientado pela mãe

Links para saber mais sobre o assunto:

http://bit.ly/2zuP71N

https://www.simboragente.com/

https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/pessoa_com_deficiencia/smped_o_que_e/index.php?p=9197

Confira o depoimento de Fernanda Bianchini:

Síndrome de Down, o verdadeiro Cromossomo do Amor

 

 

 

 

 

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