Programa de capacitações gratuitas para mulheres brasileiras, o “Ela Pode”, desenvolvido pelo Instituto Rede Mulher Empreendedora (RME) com o apoio do Google, está com inscrições abertas para interessadas em tornar-se multiplicadoras.
O objetivo é capacitar 135 mil mulheres brasileiras até dezembro de 2020, garantindo-lhes independência financeira e poder de decisão sobre seus negócios e vidas.
As capacitações são oferecidas gratuitamente para mulheres em situação de vulnerabilidade socioeconômica, de acordo com as demandas apresentadas em cada região, com atenção especial para o Norte e Nordeste.
O conteúdo do curso, que dura dois dias, é focado em gerar nas mulheres autoconfiança, aptidões de liderança, comunicação, negociação, educação financeira e sobre como trabalhar ferramentas digitais para organizar negócios. “A ideia é que elas consigam lidar com essas temáticas e passem para o segundo passo: conquistar emprego, abrir negócios ou criar mini redes locais para mulheres se apoiarem mutuamente”, explica Ana Fontes, presidente da RME e do Instituto RME.
Ana Fontes conta que, até dezembro de 2018, 1.800 mulheres foram capacitadas, só em São Paulo. Em agosto próximo, um questionário de avaliação será distribuído entre as participantes para entender que impacto o curso proporcionou em suas vidas. “Nós já temos alguns retornos muito positivos sobre isso”, adianta Ana.
Segundo ela, neste momento, em todo o Brasil, já são 140 multiplicadoras ministrando o curso de capacitação. As inscrições ficam abertas o ano todo. Basta checar no site a data do próximo curso na região de interesse e inscrever-se.
Para se inscrever, tanto para o curso de multiplicadoras quanto para as capacitações, basta clicar no botão “Inscrições”, na home do site do programa (http://elapode.com.br/calendario-de-capacitacoes/) e clicar no link do curso de sua preferência – são vários, em diferentes cidades, em ordem cronológica.

Ana Fontes, presidente da RME e do Instituto RME – Foto: Divulgação
Um pouco da história
No início, a Rede Mulher Empreendedora (RME) era apenas um blog, no qual Ana Fontes replicava, em linguagem mais acessível e com ajuda de colegas de turma, tudo o que aprendia no programa 10.000 Mulheres, do banco Goldman Sachs com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Era meados do ano 2000.
Em 2017, a RME já apoiava mais de 300 mil mulheres, organizava cafés com empreendedoras, palestras, capacitações e mentorias e tinha como maior apoiador do programa “Ela Pode” nada menos que a gigante Google. No mesmo ano, Ana criou o Instituto Rede Mulher Empreendedora, um braço da empresa que foca na luta por políticas públicas que tornem mais fácil o caminho das mulheres interessadas em cuidar de seus próprios negócios.
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